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Motherfuckin’ Hornets vence Chris Paul

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Eu vou começar falando do jogo entre o New Orleans Hornets e Los Angeles Clippers, o primeiro de Chris Paul na cidade do seu ex-time. Mas antes de enfiar um monte de considerações sobre a partida, acho que devemos apresentar as equipes antes. Me dá uma ajuda aí, Samuel?

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Vocês tem noção do que o Samuel L. Jackson fez? Ele pegou aquela passagem da Bíblia (que na verdade só tem uma frase realmente tirada da Bíblia) que ele fala três vezes no Pulp Fiction e fez uma adaptação para o New Orleans Hornets. É simplesmente a coisa mais legal que aconteceu nessa temporada. Falar de vingança assim bem na volta do Chris Paul? Fantástico em dobro. Para quem não sabe inglês para aproveitar a cena, o texto do filme, traduzido pela Wikipedia, é assim:

“O caminho do homem justo é rodeado por todos os lados pelas injustiças dos egoístas e pela tirania dos homens maus. Abençoado é aquele que, em nome da caridade e da boa-vontade pastoreia os fracos pelo vale da escuridão, pois ele é verdadeiramente o protetor de seu irmão e aquele que encontra as crianças perdidas. E Eu atacarei, com grande vingança e raiva furiosa aqueles que tentam envenenar e destruir meus irmãos. E você saberá: chamo-me o Senhor quando minha vingança cair sobre você”.

Basicamente o Samuel L. Jackson apenas mudou o final, tirou “meus irmãos” para falar “New Orleans” e substituiu “chamo-me o Senhor” para “eles são os Hornets”.  Se eu fosse jogador do Hornets, jogaria a partida da minha vida depois disso. E acho que não sou só eu que penso assim, porque eles fizeram um dos seus melhores jogos na temporada, acertando até impressionantes 57% de seus arremessos.

O jogo começou favorável ao Hornets na vontade, mas para o Clippers no placar. Com mais talento e bem menos desperdícios de bola, o time do aplaudido/vaiado Chris Paul (16 pontos, 9 assistências) tomou a dianteira e se manteve na frente do placar até o último período. Mas lá o Hornets conseguiu manter o alto aproveitamento de arremessos com menos turnovers, usou muito bem seus homens de garrafão Jason Smith (17 pontos, 8 rebotes) e Chris Kaman (20 pontos, 10 rebotes) e explorou a terrível defesa interna do Clippers. Na defesa tentaram minimizar ao máximo as infiltrações, já que o Clippers estava horripilante (5/27) em bolas de 3 pontos. Deu certo.

Mas no final o Hornets ainda quase jogou a liderança de 6 pontos fora, o Clippers que não soube aproveitar. Primeiro Jason Smith fez uma falta flagrante em Blake Griffin e foi expulso. A falta foi grosseira, imbecil, deu dois lances-livres mais posse de bola para o adversário,  a vantagem era de penas 6 pontos e ainda tirou o bom ala, que fazia grande defesa em Griffin, do jogo. A torcida, tonta que é, ainda aplaudiu Smith quando ele ia para vestiário. Pra que aplaudir um cara que quase entrega o jogo? Por “raça”? Pff… Depois disso o Hornets ainda cometeu um erro nos últimos 20 segundos de jogo, quando a vantagem estava em 3, mas Randy Foye amarelou e não foi para o contra-ataque rápido, hesitou e acabou forçando um arremesso errado de 3 pontos. A última chance foi logo após essa bola, quando o Hornets teve dificuldades para atravessar o meio da quadra nos 8 segundos permitidos. Foi por muito pouco.

É uma temporada horrível para o Hornets: Eric Gordon quase não jogou e nem assinou extensão de contrato. Chris Kaman não foi trocado por algo de valor. A escolha de Draft do Wolves que eles conseguiram nem é tão valiosa assim hoje em dia. Pelo menos, para salvar, conseguiram vencer o jogo mais emotivo do ano para sua torcida, derrotaram Chris Paul. O armador, por sua vez, assistiu a seu Clippers perder o 3º jogo seguido e cair para a 6ª colocação do Oeste. Abaixo tudo sobre o jogo: O passe genial de Greivis Vásquez para Jason Smith, Chris Kaman dando toco em enterrada de Blake Griffin, Nick Young dando o troco, ponte aérea para DeAndre Jordan e a bola de 3 decisiva de Xavier Henry no último quarto.

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Jogo impressionante aconteceu em Washington. Após a grande apresentação da noite anterior contra o Nets, o Wizards de Nenê encarou o Indiana Pacers de Leandrinho. No primeiro tempo eles arrasaram, abriram 22 pontos de vantagem com Jordan Crawford acertando arremessos impossíveis e com a defesa prevalecendo sobre o sempre instável ataque do Pacers. Mas sabendo que era só o Wizards, o time de Frank Vogel voltou para a segunda etapa mais agressivo na defesa (é o que eles sabem fazer, afinal) e com mais calma no ataque, usando mais o garrafão com Roy Hibbert. O pivô engoliu o Nenê no último quarto, marcando 7 pontos na fuça do brazuca.

Faltando exatamente 1 minuto para o fim do jogo, Paul George errou uma bola de 3 de pontos, mas com o rebote ofensivo ele tentou de novo (John Wall abriu pra ele arremessar) e virou o jogo. Primeira liderança do Pacers na partida. Depois disso, show de horror: Nenê cometeu um turnover no ataque e David West conseguiu 2 rebotes ofensivos nas posses de bola seguintes. Faltando poucos segundos, quando o Wizards ainda podia empatar o jogo, Wall não conseguiu sair da marcação de George e só conseguiu arremessar quando o relógio já tinha estourado. Em outras palavras, o Wizards não conseguiu sequer dar um arremesso nos últimos 1:20 de jogo, sofrendo nesse período 4 pontos e 3 rebotes ofensivos. E eu nem comecei a comentar os arremessos que Jordan Crawford tentou no quarto período… um balde de água fria sobre a boa estreia de Nenê na noite anterior. Ontem ele só conseguiu 6 pontos e 5 rebotes, já Leandrinho também foi discreto com 2 pontos e 1 assistência.

Jogo importante em Milwaukee, onde o Bucks, atualmente em 9º no Leste, enfrentou o Celtics, 7º. Os times brigam com o New York Knicks pelas duas últimas vagas da Conferência nos Playoffs.  O Bucks, que vinha de 6 vitórias seguidas, manteve seu jogo veloz e agressivo contra a forte defesa do Celtics. Até conseguiram ir bem no ataque, especialmente no primeiro tempo, quando marcaram quase 60 pontos, mas facilitaram demais na defesa. A parte ofensiva dos verdinhos é o ponto fraco do time, mas se não marcarem com o mínimo de afinco é lógico que Kevin Garnett (16 pontos, 10 rebotes, 6 assistências), Paul Pierce (25 pontos, 10/15 arremessos) e Rajon Rondo (10 pontos, 14 assistências) vão deitar e rolar. Pierce, em especial, tomou a bola de Rondo e comandou o ataque do time no último quarto, como fazia no time de 2008 e arrasou. Com a defesa segurando um pouco o ímpeto do Bucks, a vantagem logo chegou em 10 pontos e eles saíram com a vitória. Agora o Celtics se distanciou do Bucks na classificação e ainda possui a vantagem em caso de empate.

Tempos estranhos em Sacramento. Tyreke Evans, de volta de contusão, foi o cestinha do time com 25 pontos, mas quando o jogo contra o Utah Jazz chegou no finalzinho, a bola foi só para as mãos de Marcus Thronton. Mas nada de errado nisso, ele foi perfeito nos loucos últimos segundos de partida. Faltando 22 segundos para o fim do jogo, Thornton deu liderança de 1 pontos para seu Kings após linda bola de 3 pontos. Logo depois o novato Alec Burks respondeu com uma bandeja e deixou o Jazz novamente na frente. Aí, com 5 segundos no relógio, Thronton acertou outra bola complicada, dessa vez de 2, para deixar o time da casa na liderança. Mas não deu, logo depois Devin Harris errou uma bandeja que virou ponte aérea para Al Jefferson a 0.9 do fim. Isso depois de um jogo em que acertar um arremesso estava complicado! O Jazz é o melhor time do Oeste inteiro nas últimas 10 partidas com 7 vitórias e só 3 derrotas.  Todo o maluco final da partida está no vídeo abaixo:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

No resto da rodada, vitória tranquila do empolgante Houston Rockets sobre o Golden State Warriors. Abriram cedo, não olharam mais para trás. Double-double maiúsculo para o melhor novato do Oeste desde a contusão de Ricky Rubio: 20 pontos e 11 rebotes para Chandler Parsons. Já no último jogo da rodada, o Blazers finalmente voltou a vencer, dessa vez o Memphis Grizzlies, que contou com o estreante Gilbert Arenas. O armador jogou só 12 minutos e saiu de quadra com 2 pontos e 3 assistências. Pelo Blazers fizeram a diferença Nicolas Batum e Wesley Matthews, a dupla junta fez 42 pontos com 8 bolas de 3 pontos, é pouca zoeira? E importante ressaltar o bom último período de Raymond Felton (13 pontos, 9 assistências). Ele andava jogando mal e ontem se salvou por pelo menos um punhado de minutos. De todas as novas aquisições do Blazers, JJ Hickson, Hasheem Thabeet e Jonny Flynn, apenas o último entrou em quadra alguns minutinhos e deu 2 assistências.

 

Fotos da Rodada

-I double dare you, mothafucka!

 

Não tem pontos extras de estilo, Batum

 

A pose do CP3 é engraçada, mas não consigo parar de olhar para a cara de ogro do Chris Kaman

 

Deixou o goleiro no chão

 

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